Sinopse
"Está aí, Satã? Sou eu, Madison". É assim que sempre se apresenta a narradora de treze anos de Condenada, novo livro de Chuck Palahniuk: uma sombria, irreverente, hilária e brilhante sátira sobre adolescência, Inferno e Satã. Madison morreu por overdose de maconha. Ora, mas alguém morre por overdose de maconha? Essa é a pergunta que todos fazem a Madison e, no decorrer do livro, entendemos como, de fato, as coisas aconteceram. Mas não é esse o mistério central da história: a narrativa de Palahniuk nos mostra um enredo intrincado, cheio de idas e vindas e situações inusitadas. Madison é filha de uma atriz de cinema narcisista e de um bilionário, e é largada em seu colégio interno suíço todos os Natais, enquanto seus pais só se preocupam em investir em novos projetos e adotar órfãos - não coincidentemente, sempre na época de lançamento de mais um filme encenado pela atriz hollywoodiana... No Inferno, a condenada Madison partilha sua danação com um grupo distinto e inusitado de pecadores: uma líder de torcida usando sapatos de marca falsificada, um jogador de futebol americano, um nerd com conhecimentos surpreendentes da história mundial e um roqueiro punk de cabelo azul. Ao longo do caminho, Madison procura entender sua vida, sua morte, seus pecados e sua adolescência perdida - tudo isso enquanto tenta obter a atenção de Satã.”
Resenha
Com uma sinopse dessas, quase não é preciso dizer muito
sobre a história contada em “Condenada” de Chuck Palahniuk.
Pode parecer polemico (mamilos!) falar sobre o inferno,
Satã e todos os demônios, mas talvez e só talvez, ter sido escrito por quem escreveu
não seja tão polêmico assim.
Na maioria das vezes eu não leio as sinopses da
contracapa, exatamente para ser surpreendido (ou decepcionado) pelo conteúdo do
livro, ainda mais em se tratando de ficções. Isto foi extremamente benéfico
para “Condenada”, pois com isso pude sentir o primeiro impacto do livro que é
falar sobre o inferno em geral.
Assim como o aclamado Clube da luta, do mesmo escritor,
temos uma narrativa em primeira pessoa muito característica, onde nos
aprofundamos no consciente da pré-adolescente Madison, que divaga e conta sua
história post-mortem de maneira descontraída e ácida que por diversas vezes
confronta o leitor sobre sua superioridade em estar vivo enquanto ela está
morta.